quarta-feira, 11 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

INTOCÁVEIS E INVENCÍVEIS

Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invenciveis.Sob fogo cruzado de denúncias , juntam-se para se defender, como fizeram PT e PMDB no Senado, embora digam sempre que é pela instituição, a mesma que eles aviltam e apequenam com seus atos.O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado, mas o crime de desmoralizar uma instituição não tem preço.O que nos resta? Confiar na Justiça? Na Policia? No ladrão ? Com Sarney e Renam comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias? A maior parte foi criada pelos dois. O resto, por Jader Barbalho, ACM e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninguém reclamou. E mesmo se reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da Lei, na liturgia do cargo.Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidades? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder. Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes; mas sempre sobram balas perdidas.Mas, quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a Policia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a policia. Nem à justiça.Eles só tem medo de perder eleição.Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos.Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos envergonhamos todo dia. (Nelson Motta)

Um pouco da História do Tibet

1949 - A recém criada República Popular da China anuncia que irá "libertar o Tibet dos invasores estrangeiros e reintegrá-lo à terra-mãe". Naquela época, havia 6 estrangeiros no Tibet. Em 1950, as tropas comunistas começaram a ocupar a região e, em 23 de maio de 1951, o governo chinês impôs um "Acordo pela Libertação Pacífica do Tibet". Como esse documento, chamado de o "Acordo de Dezessete Pontos", foi assinado sob pressão e forjado pelas autoridades chinesas, ele não tem nenhuma validade; se o Tibet fosse realmente uma parte inseparável da China, não haveria a necessidade de um "acordo". O Dalai Lama refugia-se então no Sikkhim e volta a Lhasa no momento em que a questão tibetana é estudada pela primeira vez na ONU.

Durante 10 anos, o Dalai Lama procurou uma solução pacífica. No dia 10 de março de 1959, milhares de pessoas protestaram contra a invasão chinesa, resultando num massacre de 82 mil tibetanos na capital do Tibet.
A noite, fugindo disfarçado de guarda, vai para Índia onde lhe é dado asilo político. Em torno de 87.000 refugiados tibetanos o seguiram. Hoje são mais de 115.000 refugiados no exílio. Em 1960, estabelece residência em Dharamsala, Índia, conhecida co-mo Pequena Lhasa, onde monta a sede do Governo Tibetano no Exílio. Em nome da "libertação pacífica", 1,2 milhão de tibetanos (quase 20% da população) já morreram. Dos 6.254 monastérios, apenas 13 foram preservados; outros 4 foram transformados em presídios. Milhares de tibetanos foram enviados para campos de trabalho forçado. Bibliotecas com manuscritos centenários foram incendiadas. Praticantes do budismo foram blasfemados, ridicularizados e torturados. "


Entre 1960 e 1965, a ONU estuda novamente a questão tibetana, que resulta em três resoluções pedindo à China respeito aos direitos humanos dos tibetanos e ao seu desejo de auto-determinação.Uma constituição democrática foi promulgada em 1963, baseada nos princípios budistas e na Declaração dos Direitos Humanos, como um modelo para um futuro Tibet livre. O Tibet, além de ser riquíssimo em minerais, tem grande importância econômica e geopolítica. Devido a sua posição estratégica, 25% dos mísseis intercontinentais da China foram transferidos para lá, incluindo cerca de 70 mísseis nucleares. O ecossistema tibetano, apesar de ser muito rico, é extremamente frágil. Praticamente toda a Ásia Central depende de rios que nascem no Tibet. Cerca de 80% das florestas tibetanas foram destruídas e diversas espécies animais correm risco de extinção. Certas regiões são usadas como depósito de lixo nuclear. E mais de 16 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos estavam sendo violados. Os tibetanos são discriminados em todos os aspectos e não possuem as liberdades fundamentais; quem se manifesta contra a ditadura comunista é duramente repreendido. O simples ato de conversar com um estrangeiro pode ser motivo para uma prisão.Há mais de 1.100 presos políticos no Tibet. Segundo a Anistia Internacional, muitos desses prisioneiros políticos (incluindo dezenas de prisioneiros de consciência) foram detidos sem acusação ou julgamento. Relatos consistentes indicam que os prisioneiros têm sido sistematicamente interrogados, torturados e maltratados. Os métodos mais utilizados pelos oficiais chineses incluem:

• choques elétricos nos genitais, na boca e na sola dos pés;• marcação com pás em brasa;• dreno de sangue;• queima com água fervente;• espancamentos constantes com pedaços de pau e de ferro;• uso de algemas, correntes e cordas para manter os prisioneiros de cabeça para baixo e em posições bastante dolorosas;• exposição prolongada a temperaturas extremas;• privação de comida, água e sono.

Já foram enviadas muitas delegações tibetanas à China e ao Tibet, sem resultados. Em 1985, o Dalai Lama apresentou, em Washington, o seu Plano de Paz de Cinco Pontos: a designação do Tibet como uma zona de paz, o fim da transferência em massa de chineses para o Tibet, a restauração dos direitos humanos fundamentais e das liberdades democráticas, e o abandono pela China do uso do Tibet na produção de armas nucleares e como depósito de lixo atômico. S.S. insiste em negociações sinceras sobre o futuro do Tibet e sobre as relações entre os povos tibetanos e chinês."

Em junho de 1988, em Estrasburgo, França, o Dalai Lama aperfeiçoa o Plano de Paz de Cinco Pontos e propõe a criação de um Tibet democrático auto governado, "em associação com a República Popular da China". Enfatiza que "qualquer que seja o resultado das negociações com a China, a autoridade decisória de última instância deve ser do próprio povo tibetano.

"Em 2 de Setembro de 1991, o Governo do Tibet no Exílio declara a "Proposta de Estrasburgo" inválida em função da reação negativa dos líderes Chineses.
Muito tem sido tentado desde então, com muitas pessoas e instituições preocupadas com a persistente violação dos direitos humanos no Tibet, tema de vários relatórios da Anistia Internacional."
"Em 1995, o 14º Dalai Lama reconheceu o menino tibetano Gedün Chökyi Nyima como o 11º Panchen Lama. O governo chinês apontou outro menino e seqüestrou Gedün por "motivos de segurança"; ele é o prisioneiro político mais jovem do mundo, segundo a Anistia Internacional.O holocausto sofrido nos últimos 40 anos pelo Tibet sob o domínio chinês incluindo a morte de 1,2 milhões de tibetanos, a destruição de 6.254 monastérios e a completa eliminação da sociedade tradicional, é uma vergonha para a humanidade.Não sómente um acordo do ano de 821, comprova a separação política dos territórios do Tibet e da China. O idioma, a legislação, a etnia e a religião são provas cabais de que o Tibet era um país independente.

2008. A China, após 6 décadas de domínio feroz sobre a Tibet, sedia as Olimpíadas, graças à confluência dos governos de metade do mundo “civilizado”, interessados que estão no rico mercado da China com seus mais de 1,3 bilhões de consumidores, e/ou de trabalhadores quase escravos.

Muitos países cogitaram um boicote internacional. Mas, nas palavras do Dalai Lama, encontrou-se o equilíbrio por parte de muitos atletas que aceitaram a idéia e participaram dos jogos. Seria, e está sendo, uma forma de se mostrar ao mundo os intestinos podres do governo Chinês, e a opressão deste sobre bilhões de corações e mentes.

Uma boa resposta do Dalai Lama

Perguntaram ao Dalai Lama:
O que mais te surpreende na humanidade?
E ele respondeu:
“Os homens... porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecendo-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido”.

UM CONTO SUFI

Conta-se que certa vez um homem feriu a perna e teve de andar de muletas. Essas muletas lhe eram muito úteis, tanto para andar como para muitas outras coisas. Ele ensinou toda sua família a usar muletas, elas se tornaram parte da vida normal. Ter uma muleta ficou sendo parte da ambição de cada um. Algumas eram feitas de marfim, outras enfeitadas com ouro. Escolas foram abertas para treinar o povo no seu uso, cadeiras de universidades receberam doações para tratar dos aspectos mais elevados desta ciência.
Umas poucas pessoas, muito poucas, começaram a andar sem muletas. Isto foi considerado escandaloso, um absurdo. Além do mais, havia tantas utilidades para as muletas!
Alguns replicaram e foram punidos. Tentaram mostrar que uma muleta poderia ser usada algumas vezes, quando necessário; ou que os muitos outros usos das muletas poderiam ser resolvidos de outra maneira. Poucos ouviram. A fim de superar os preconceitos, algumas das pessoas que podiam andar sem este suporte, começaram a se comportar de forma totalmente diferente da sociedade estabelecida. Ainda assim, permaneceram poucas.
Quando foi descoberto que, tendo usado muletas por tantas gerações, poucas pessoas, de fato, podiam andar sem elas, a maioria “provou” que elas eram necessárias. “Aqui”, disseram, “aqui está um homem- tentem fazê-lo andar sem muletas. Vêem? Ele não consegue!”
“Mas nós estamos andando sem muletas”, lembraram os que andavam normalmente.
“Isto não é verdade; é meramente uma fantasia de vocês”, disseram os aleijados, porque à esta altura eles estavam também ficando cegos - cegos porque não podiam ver.