Na hora de minha morte
Quero olhar no fundo de mim
E dizer que valeu a pena!
Quero lembrar das sementes
Que plantei neste solo fértil
E lembrar dos olhares que abracei
E dizer obrigado por te conhecer
Quero estar alma aberta
E sorrir encantado
Pelos presentes que dei e recebi
Lembrar que conheci
Outros mares
Outras terras
E tantas outras pessoas
Quero sentir vontade de sorrir
Sorrir e sorrir por tudo que passei
Pelas horas mal dormidas
Pelo sono excessivo
Pela fome de amor
Quero lembrar das estrelas que vi
Em tantos lugares mágicos
E agora as verei mais perto ainda
Quero lembrar dos alimentos
Que saciaram minha fome
E agradecer-lhes a generosidade
Adorarei pensar nos animais
Que vi nascer
E me acompanharam nesta jornada
E olhar com compaixão aqueles
Que ainda não os amam
Por pura ignorância
Quero estar em estado de prece
E agradecer a maravilha
De ter passado por este planeta
Com o qual contribui parcamente
Quero olhar a todos no rosto
E fazê-los lembrar
A importância da felicidade
A preencher nossos corações
Estarei ouvindo música
Aquelas das quais sempre gostei
E gostarei
Vou dizer adeus
Com alma plena de vida
Agradecido ao universo
Pela obra divina
De ter me dado novamente
A oportunidade da vida
E nesta hora
Deixarei apenas uma única lágrima
De saudade e de tristeza
Por todos aqueles
Que não pude ajudar
A compreender a benção
E a oportunidade
De estarem vivos
E não terem aprendido a viver.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Redenção humana
No fundo, todos nós temos esperança de que amanhã, ou o ano novo que se aproxima, será melhor.
Temos o dom de sonhar, de projetar um futuro mais brilhante para todos, porque somos estrela, temos brilho interior, temos luz, que sem se saber exatamente de onde vem, lentamente vai clareando nosso caminhar.
Aparecemos na terra como rudes animais, sem palavras, sem carinho, apenas lutando pela sobrevivência como qualquer outro ser vivente. Mas o nosso sol interior, por um milagre qualquer da existência, floresceu e trouxe a inteligência para aquele que estava fadado ao desaparecimento.
Nasceu então o mais brilhante animal que jamais tinha estado neste planeta. Transformou-o, transformando-se. Acumulou vasto poder. Dominou enormes quantidades de conhecimentos transformados em criações que mudaram nossa forma de viver.
Homem movido a esperança, homem/Pandora, aquela que trouxe os males ao mundo, trouxe também a esperança de um dia, num salto, numa tomada de consciência olhará de outra forma, de outro ângulo a si mesmo e ao mundo e então este não mais será o que é.
Depois de tanto caminhar, a consciência florescerá e no mundo se redimirá.
Esta é a minha convicção.
Temos o dom de sonhar, de projetar um futuro mais brilhante para todos, porque somos estrela, temos brilho interior, temos luz, que sem se saber exatamente de onde vem, lentamente vai clareando nosso caminhar.
Aparecemos na terra como rudes animais, sem palavras, sem carinho, apenas lutando pela sobrevivência como qualquer outro ser vivente. Mas o nosso sol interior, por um milagre qualquer da existência, floresceu e trouxe a inteligência para aquele que estava fadado ao desaparecimento.
Nasceu então o mais brilhante animal que jamais tinha estado neste planeta. Transformou-o, transformando-se. Acumulou vasto poder. Dominou enormes quantidades de conhecimentos transformados em criações que mudaram nossa forma de viver.
Homem movido a esperança, homem/Pandora, aquela que trouxe os males ao mundo, trouxe também a esperança de um dia, num salto, numa tomada de consciência olhará de outra forma, de outro ângulo a si mesmo e ao mundo e então este não mais será o que é.
Depois de tanto caminhar, a consciência florescerá e no mundo se redimirá.
Esta é a minha convicção.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Palavras
Certas palavras saem da boca, desordenadas, taxando e espezinhando a alma de quem fala ou de quem ouve.
Palavras são vãs, saem pelo fluxo da respiração, por vezes calmas e arredondadas, por vezes ferozes e pontiagudas. Dependem apenas do fluxo da respiração.
Certas palavras saem da emoção do momento. Traduzem sentimentos diversos, passageiros, como passageiro é o momento em que são ditas.
Sob o influxo da situação vivida, frases são ditas sem exatidão, o gesto é realizado sem certeza de si mesmo. E cai em desgosto, posto que forte demais.
Os mecanismos de análise, o cérebro, os conceitos, a moral, tudo é secundário quando o ímpeto juvenil desanda a produzir gestos “manietados” pelo fluxo constante e feroz dos sentimentos.
E as palavras são vãs. Dissolvem-se no ar.
E é bom que assim seja. Não importa que sejam falsas ou verdadeiras.
Certos sentimentos não são bons aliados das melhores palavras.
Tenham, portanto, compaixão por alguém que fala apenas pela boca e solta palavras que sentimos que pesam no ar.
Palavras são vãs, saem pelo fluxo da respiração, por vezes calmas e arredondadas, por vezes ferozes e pontiagudas. Dependem apenas do fluxo da respiração.
Certas palavras saem da emoção do momento. Traduzem sentimentos diversos, passageiros, como passageiro é o momento em que são ditas.
Sob o influxo da situação vivida, frases são ditas sem exatidão, o gesto é realizado sem certeza de si mesmo. E cai em desgosto, posto que forte demais.
Os mecanismos de análise, o cérebro, os conceitos, a moral, tudo é secundário quando o ímpeto juvenil desanda a produzir gestos “manietados” pelo fluxo constante e feroz dos sentimentos.
E as palavras são vãs. Dissolvem-se no ar.
E é bom que assim seja. Não importa que sejam falsas ou verdadeiras.
Certos sentimentos não são bons aliados das melhores palavras.
Tenham, portanto, compaixão por alguém que fala apenas pela boca e solta palavras que sentimos que pesam no ar.
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