segunda-feira, 12 de abril de 2010

PRATICANDO A MEDITAÇÃO

Muitas pessoas gostariam de praticar meditação mas não sabem por onde começar. Ouviram falar por exemplo que a prática desta atividade faz muito bem ao espírito e a vida pessoal, que traz tranqüilidade, autoconhecimento e saúde psíquica. Ficam se imaginando meditando, tornando-se mais espirituais, mais tranqüilos, melhores.

Mas ai vem uma pergunta: como meditar? o que fazer para colocar o pé na estrada e praticar? Será que é apenas ficar sentado em posição igual a que o mestre iluminado Buda ficava, - conhecida como posição de lótus - fechar os olhos e pronto? Só isto?

Pensando assim, ficamos a nos imaginar sentados de olhos fechados sem fazer nada, como se estivéssemos perdendo tempo –e tempo é dinheiro – e logo desistimos cansados desta imagem que não nos agrada.

Na verdade a meditação é a arte/ciência de buscar o silêncio interior. E para encontrar este silêncio pode-se e deve-se utilizar várias técnicas que foram criadas ao longo dos milênios, principalmente pelo povo oriental. Estas técnicas variaram muito ao longo dos tempos. Os yogues, os sufis, os zen budistas e vários mestres orientais como Buda, paramahansa Yogananda, Osho, etc, criaram muitas técnicas, para auxiliar as pessoas a se encontrarem através desta prática.

Portanto, a primeira coisa que se tem que saber é que ficar sentado em posição de lotus - a posição do Buda – é apenas uma das muitas centenas de técnicas de fazer meditação e segundo alguns, das mais difíceis.

Encontrar o silêncio interior requer prática e compromisso. Requer coragem para se auto-conhecer. Coragem porque pode ser encontrado muitas coisas bem no fundo de si mesmo que não gostaria ou que nem imaginava que estivesse ali, bem no inconsciente.

A prática inicial do meditador é o testemunhar. Qualquer tipo de técnica que você utilizar, utilize-a para ser um observador de si mesmo. Se a técnica que for usada for a de sentar-se na posição de lótus, sente-se e tente observar o pensamento, o que ocorre com ele, para onde ele vai, quais os pensamentos que vem a sua mente, etc. O importante é você conseguir ser uma testemunha de si mesmo, não se identificar com o próprio pensamento, deixá-lo vir e deixá-lo passar, ser testemunho consciente deste tráfego ininterrupto que é o nosso pensamento.

Pratique isto de início e você começará a sentir que aquela imagem que fazia do ato de meditar começará a mudar, começará a perceber sentido neste ato, e mais ainda, começará a perceber que você pode ser o senhor de seus pensamentos, senhor de seus atos e não mero joguete que vaga ao sabor de suas emoções, de seus pensamentos, de seus humores e passará a ter mais controle sobre si mesmo.

Comece por este caminho e você verá porque a meditação é hoje tão necessária para se ter uma vida mais equilibrada e feliz.

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