quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO

Muitas pessoas gostariam de praticar meditação mas não sabem por onde começar. Ouviram falar por exemplo que a prática desta atividade faz muito bem ao espírito e a vida pessoal, que traz tranqüilidade, autoconhecimento e saúde psíquica. E isso é verdade. Ficam se imaginando meditando, tornando-se mais espirituais, mais tranqüilos, melhores. Mas ai vem uma pergunta: como meditar? o que fazer para colocar o pé na estrada e praticar? Será que é apenas ficar sentado em posição igual a que o mestre iluminado Buda ficava, - conhecida como posição de lótus - fechar os olhos e pronto? Só isto? Pensando assim, ficamos a nos imaginar sentados de olhos fechados sem fazer nada, como se estivéssemos perdendo tempo –e tempo é dinheiro – e logo desistimos cansados desta imagem que não nos agrada.

Na verdade a meditação é a arte/ciência de buscar o silêncio interior. E para encontrar este silêncio pode-se e deve-se utilizar várias técnicas que foram criadas ao longo dos milênios, principalmente pelo povo oriental. Estas técnicas variaram muito ao longo dos tempos. Os yogues, os sufis, os zen-budistas e vários mestres orientais como Buda, paramahansa Yogananda, Osho, etc, criaram muitas técnicas, para auxiliar as pessoas a se encontrarem através desta prática. Portanto, a primeira coisa que se tem que saber é que ficar sentado em posição de lótus - a posição do Buda – é apenas uma das muitas centenas de técnicas de fazer meditação e segundo alguns, das mais difíceis.

Encontrar o silêncio interior requer prática e compromisso. Requer coragem para se autoconhecer. Coragem porque pode ser encontrada muita coisa bem no fundo de si mesmo que você não gostaria ou que nem imaginava que estivesse ali, bem no inconsciente. A prática inicial do meditador é o testemunhar. Qualquer tipo de técnica que você utilizar, utilize-a para ser um observador de si mesmo. Se a técnica que for usada for a de sentar-se na posição de lótus, sente-se e tente observar o pensamento, o que ocorre com ele, para onde ele vai, quais os pensamentos que vem a sua mente, etc. O importante é você conseguir ser uma testemunha de si mesmo, não se identificar com o próprio pensamento, deixá-lo vir e deixá-lo passar, ser testemunho consciente deste tráfego ininterrupto que é o nosso pensamento. Pratique isto de início e você começará a sentir que aquela imagem que fazia do ato de meditar começará a mudar, você começará a perceber sentido neste ato, e mais ainda, começará a perceber que você pode ser o senhor de seus pensamentos, senhor de seus atos e não mero joguete que vaga ao sabor de suas emoções, de seus pensamentos, de seus humores e passará a ter mais controle sobre si mesmo. Comece por este caminho e você verá porque a meditação é hoje tão necessária para se ter uma vida mais equilibrada e feliz.

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