segunda-feira, 3 de maio de 2010

Medicina se rende a prática da meditação

Ministério da Saúde baixou portaria incentivando postos de saúde e hospitais a oferecer a técnica em todo o País
“A agência do governo dos EUA responsável pelas pesquisas médicas (NIH, na sigla em inglês) reconheceu formalmente a meditação como prática terapêutica que pode ser associada à medicina convencional. O Ministério da Saúde brasileiro baixou uma portaria em que incentiva postos de saúde e hospitais públicos a oferecer a meditação em todo o País.
Essas ações governamentais são sinais da tendência de encarar a meditação não simplesmente como prática de bem-estar, que faz bem apenas à mente e ao espírito. Parar diariamente alguns minutos para se concentrar e se desligar do turbilhão de pensamentos que ocupam constantemente a cabeça também ajuda a manter a saúde física.
“A meditação é diferente da medicina convencional porque quem cuida de você não é o médico. É você mesmo", explica a médica anestesista Kátia Silva, que coordena as atividades de meditação no Hospital Municipal Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. Na cidade, 70% dos postos de saúde oferecem atividades da chamada medicina tradicional, que inclui acupuntura, tai chi chuan e meditação.
Relativamente recentes, as pesquisas começaram nos anos 70. Uma pesquisa com a palavra meditação no acervo online da Biblioteca Nacional de Medicina, do governo americano, traz 1.400 estudos científicos.
Entre outros benefícios, meditar previne e combate a depressão, a hipertensão arterial, a dor crônica, a insônia, a ansiedade e os sintomas da síndrome pré-menstrual, além de ajudar a reduzir a dependência de drogas.
Esses estudos mostram que a meditação reduz o metabolismo - os batimentos cardíacos e a respiração ficam mais lentos e o consumo de oxigênio pelas células cai. É isso que dá a sensação de relaxamento e tranqüilidade.
As mesmas pesquisas sugerem que prática também interfere no funcionamento do sistema nervoso autônomo, que é responsável, por exemplo, pela liberação dos hormônios noradrenalina e cortisol durante os momentos de stress. Em quem medita, a duração dessas "reações de alarme" são mais curtas. Dessa forma, a pressão do sangue e a força de contração do coração ficam alteradas por pouco tempo, comprometendo menos a saúde..”

É cada vez mais comum ler textos com teor semelhante. Embora a matéria acima peque no que diz respeito ao conhecimento acerca do que é meditação ( grifei a palavra concentração para lembrar que concentrar não é meditar, como erra ao dizer, o autor do texto), nos mostra o quanto hoje a prática da meditação se dissemina no mundo.
Quando se estabelece essa prática cotidianamente, nossa vida se altera, a percepção atinge índices mais elevados e a qualidade de nossas vidas melhora. E não há nenhuma mágica nisso. O que ocorre é que ao nos tornarmos mais conscientes, ao nos percebermos mais, ao atentarmos mais para nós mesmos, e essa é uma meta da meditação, naturalmente passamos a maravilhar-nos com os vários aconteceres de nossa vida, mesmo com os mais simples fatos como acordar ou escovar os dentes. Passamos a ser observadores conscientes das tarefas que executamos cotidianamente e vamos vendo o quanto elas são positivas ou negativas para nós.
A prática da meditação nos conduz a presença constante de nós mesmos. Nos conduz ao testemunhar de nós mesmos e é isso que nos traz consciência.
A matéria acima é apenas um reforço quanto a intensa campanha que mobilizamos para que mais e mais pessoas se interessem pela meditação e passem a usufruir deste maravilhoso ato de ir tornando-se mais cônscio de si mesmo.

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