sábado, 11 de outubro de 2008


É de manhã, seis horas. Acordei. Os pensamentos ainda vêm à cabeça de forma lenta e imprecisa. Ainda estou me desvencilhando do relaxamento provocado pela noite de sono. Estirando o corpo, espreguiçando. Neste momento, vou lentamente me levantando e indo para algum espaço de casa onde possa sentar-me confortavelmente, de preferência sobre uma almofada. Coloco uma música bem suave e com volume baixo em meu aparelho de som, fecho os olhos e passo a ser observador de mim mesmo. Agora vou observar o maravilhoso silêncio interno que reside em mim.
Começo observando os batimentos cardíacos. A quantas anda meu coração? Sinto o meu coração. Depois vou percebendo a respiração: o ar penetrando pelas narinas, preenchendo os pulmões e saindo novamente, bem docemente. Depois procuro sentir os pés e as plantas dos pés; será que elas estão bem? Depois as pernas, a parte interna das pernas; estarão elas tensas? As coxas, os músculos das coxas; como os sinto? O abdômen, sinto relaxando; o tórax, o quanto ele pode estar tenso ou não; a garganta: estará ela arranhada ou não? Os ombros, estes carregam um enorme peso; estarão tensos? (normalmente os ombros guardam muita tensão); os braços, solto-os, deixo-os bem a vontade; as mãos, afrouxo as mãos; os dedos das mãos, relaxo-os bem; e por fim a cabeça, sinto-a bem leve e tranqüila. Tudo isto sem esquecer da respiração. A música me conduz. A atenção e o relaxamento simultaneamente sempre presentes em mim. Neste momento não mantenho nenhuma preocupação. As imagens vêm a mente, os pensamentos também vem, permito-os chegar e permito-os irem embora. Não me fixo em nada. Muitas imagens e pensamentos virão. Deixo-os vir e deixo-os partir. Em certos momentos, sinto o silêncio, o profundo silêncio que existe bem dentro de mim, uma enorme paz e uma sensação de que sou uma pequena parte deste todo da criação, uma pequena partícula, mas uma partícula da maior importância porque é parte integrante de todas as coisas vivas que habitam este planeta, um só corpo, irmanado dentro de um mesmo divino projeto da criação.
Faço isto durante uns 15 a 20 minutos todos os dias e sinto uma qualidade nova brotando no meu ser, uma mudança na vida, uma nova alegria de estar vivo a partilhar a beleza da criação com todos os outros seres que habitam este nosso belo planeta. Obrigado Osho, por ter me mostrado isto.

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