sexta-feira, 9 de julho de 2010

A dificil arte de meditar

São muitas as pessoas que dizem não conseguir meditar; dizem que não vêem nada; não ouvem nada; não presenciam nada mais senão uma grande confusão, um grande caos no interior; que a mente se torna mais e mais ativa e a ansiedade toma conta da alma. Quando fecham os olhos uma profusão de pensamentos invade o cérebro deixando o corpo inquieto e insatisfeito.

E este é um dos grandes problemas para aqueles que dizem querer aprender a meditar ou que tem necessidade de meditar.

A idéia que fazem da prática da meditação é que ao fechar os olhos da primeira vez, vão entrar em um outro mundo, vão conhecer a si mesmos, torna-se diferentes, mais tranqüilos e mais centrados, que vão entrar no paraíso e relaxar o corpo esgotado das tensões diárias.

E na verdade vão encontrar tudo isso.... E muito mais.

Vão encontrar mais tranqüilidade e paz de espírito. Mas antes vão ter que passar por certas provas que em primeiro lugar é sua própria persistência com relação ao trabalho meditativo que desenvolvem, e em segundo se permitir sentir as novas energias que começam a brotar em sua consciência trazendo compreensão sobre si mesmos, o que deverá facultar, a quem pratica meditação, o direito de desconstruir tudo o que foi construído ao longo dos anos, para nascer uma nova pessoa.

E o que é desconstruir a si mesmo?

Em primeiro lugar é deixar de ter ansiedade sobre a nova prática que realiza deixando as expectativas de lado, e segundo, acreditar que o que está fazendo através da prática da meditação é um trabalho de interiorização, um trabalho alquímico em si mesmo. O mais importante é quebrar com verdades cristalizadas, deixar os julgamentos de lado e apenas observar o que se passa no interior.

E essa é a mais difícil tarefa: deixar de julgar a cerca da experiência antes de vivenciá-la.

É como não formular juízos sobre o novo prato que está a nossa frente somente por causa de sua aparência.

Quando isso acontece, quando nos permitimos vivenciar essa nova experiência livre de pré-julgamentos, quando simplesmente olhamos com olhos frescos essa nova prática que estamos vivenciando, um novo mundo se apresenta, uma nova forma de olhar a vida se apresenta e os olhos passam a ver um mundo de possibilidades.

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