terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tempos de mudanças este nosso tempo

Tempo de repensar as coisas da raça. Rever os pilares sob os quais erguemos, a duras penas, esta civilização. Em que nos baseamos? Qual o modelo que estabelecemos como o melhor e que nos serviu de linha mestra?
Penso no soerguimento de nossas cidades, nos ícones estabelecidos para a construção de impérios; olho as lutas travadas, guerras sem fim, mortes, destruição, atrocidades. Penso que estabelecemos como herói desta longa jornada o guerreiro, aquele que mata, que rouba, que toma aos outros o direito a liberdade e a própria vida.
Vejo na historia que louvamos Cezar, o general romano que invadiu tantos territórios em busca de fama, glória e poder e para isso assassinou milhares de seres humanos. Louvamos Alexandre e ainda hoje o chamamos de “O grande” porque fez o mesmo que Cezar. Estudamos Átila, o rei dos Hunos, que devastou toda a Ásia. Criamos até o mito de Aquiles, o grande matador e erguemos estátuas para homenagear Napoleão Bonaparte que quis ser senhor de toda a Europa e para isso sacrificou alguns milhões de almas. Erigimos memorial ao Duque de Caxias, dando inclusive seu nome a algumas cidades, que milhares de vidas ceifou em nome da ordem e da obediência ao rei; estudamos as duas guerras mundiais buscando culpabilizar apenas os derrotados como se os vencedores não tivessem nenhuma responsabilidade sobre os milhões de mortos, mutilados e a enorme destruição provocadas. Ainda aprendemos nas escolas que a competição é basilar do gênero humano e incentivamos o vencer o outro como nosso paradigma maior.
Tempos de mudança este nosso!
É preciso repensar com profundidade este paradigma para poder invertê-lo, rompê-lo, esquecê-lo.
Passou este tempo. Não há mais necessidade – se é que em algum tempo houve – de usar o recurso da violência para viver. Temos agora a ciência aplicada ao nosso lado, temos a tecnologia ao nosso dispor para nos prover do que necessitamos para viver e principalmente, temos o conhecimento para nos dizer que este não é mais um tempo de guerras ou de vaidades idiotas para ser amado. O temo agora é o da partilha, da troca, da generosidade, da amizade, da compaixão, da fartura para todos, do amor incondicional à própria raça.
Chegou a hora de dizer que acabou a era da violência, que passou o tempo da cobiça. Chegou o tempo de inverter o olhar, clarificá-lo, limpá-lo. Retirar da frente da visão a espessa camada de sujeira que impede de ver o mundo como uma rosa e curti-lo em beleza, poesia e criatividade.
É possível. Não é um sonho, não é utopia.
Como dizia Jonh Lennon em sua música Imagine: “I hope someday you join us, and the world will be as one”.

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