quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A era das incertezas

Vivemos a era da modernidade onde o tradicionalismo vai desaparecendo sem no entanto deixar marcas do que será o amanhã. O tradicionalismo vai deixando para trás as certezas do ontem e nos deixando as veias abertas para o incerto.
O que virá? O que será?
É o fim das certezas e o inicio da era das incertezas como nos diz o prêmio Nobel de química Ilya Prigogine.
É um tempo que nos exige sempre um estado de alerta para o devir. Impõe-nos um estado de criatividade constante, de superação constante ao que é agora. A modernidade exige da população participação e reflexidade. Não nos é mais permitido ações sem planejamento, não nos é mais permitido viver alheios aos problemas sociais. O mundo tornou-se um só, unificou-se através dos meios de comunicação, do sistema financeiro e comercial. A economia mundializou-se e a diversidade cultural passa a ser palco de grandes debates. Estamos no limiar de um novo mundo. A única certeza que temos é que certamente não viveremos do mesmo jeito que vivemos hoje, daqui a uns poucos 50 anos. A globalização política, econômica e cultural nos deixa claro a complexidade do mundo.
Repensar constantemente a nossa prática, a nossa vida, a teia de relações que estabelecemos e a nossa responsabilidade pela cadeia da vida que nos envolve é estar em consonância com esta nova era. Percebemos através da difusão das novas teorias sobre sistemas e através da ação prática dos homens no mundo e suas conseqüências, que só poderemos sobreviver neste planeta caso o pensemos como um sistema único e integrado vivo e em processo de transformação constante. Temos de nos pensar, cada um de nós, como um elo de uma gigantesca cadeia de interações que formam a chamada trama da vida.
Portanto, participar, interagir, conversar, trocar, expor, são formas positivas de ações que precisam ser feitas cada vez mais com consciência social e ecológica, pois são esses atos sociais que realizam a vida que será.

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